A QUESTÃO JÁ FOI COMPROVADA PELA EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL, ESPECIALMENTE NO JAPÃO, ONDE AS EDIFICAÇÕES SE MANTIVERAM INTACTAS MESMO APÓS FORTE TERREMOTO. A SEGUIR, CONHEÇA MAIS SOBRE O SISTEMA
Painéis monolíticos de EPS têm alta produtividade e baixo custo
(Foto: divulgação/Grupo Isorecort)
O sonho dos experts em construção civil no Brasil é a sua máxima industrialização, que permitiria a simples montagem dos elementos construtivos no canteiro de obras. Em alguns segmentos, montar uma casa feito um “Lego” já é possível com a tecnologia dos painéis monolíticos de poliestireno expandido (EPS) [1].
Oferecendo alta produtividade e baixo custo, o sistema é usado há décadas em vários países, como Japão, Alemanha, Dinamarca e Estados Unidos. Ainda recente no Brasil, é indicado para dois tipos de uso:
autoportante, dispensando o uso de colunas e vigas, para erguer uma edificação de até dois pavimentos; ou, sem limite de altura, quando empregado com a função de alvenaria de fechamento.
Profissionais de engenharia civil e acadêmicos que conhecem as características técnicas dos painéis monolíticos de EPS sabem da sua elevada resistência. Mas, para leigos, é surpreendente a possibilidade de se construir uma casa de EPS.
O QUE É O EPS
Na forma de blocos ou placas, o EPS nasce de processo industrial de vapor d’água e pressão, que expande as minúsculas pérolas de poliestireno em até 50 vezes. O resultado é um material constituído de 2% de matéria-prima e 98% de ar. Por isso mesmo, o EPS é 100% reciclável [2] — prática crescente no Brasil.
EPS DIANTE DO FOGO
Entre todos os plásticos, o material tem desempenho dos mais seguros.
Ao ser submetido a temperaturas elevadas – a partir dos 80/100 graus –, o EPS contrai e se reduz. As pérolas retornam ao seu volume original, ou seja, voltam a ser poliestireno que, reforçando, é da ordem de 2% do total. A confirmação dessa capacidade de “encolhimento” é o processo de termorreciclagem, uma das formas de reciclagem do EPS.
EPS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
A confiança e a certeza de suas vantagens técnicas, pela construção civil internacional e brasileira, ampliou seu uso com funções diversas. Além dos painéis monolíticos, o EPS é usado como lajotas para lajes nervuradas; na produção de concreto leve; em geotecnia [3] para substituição de solos moles em aterros; enchimento e elevação de pisos; usinagem e modelagem; e revestimento térmico e acústico.
Com densidades que variam de 10 e 48 kg/m³, os blocos e placas de poliestireno são leves, atuam como isolante térmico, imprimem rapidez à obra e redução de resíduos. É material inerte, atóxico e com longa vida útil. Nele, não se propagam fungos, bactérias ou insetos.
O QUE SÃO OS PAINÉIS MONOLÍTICOS DE EPS
Produzidos em fábrica, os painéis monolíticos de EPS chegam prontos ao canteiro para execução de residências, estabelecimentos comerciais ou industriais. Cada painel é constituído de placa de EPS recoberta, nas duas faces, por telas de aço eletrossoldadas. No canteiro, os painéis são revestidos por argamassa cimentícia aditivada.
Os produtos de cada fabricante têm especificações próprias. No caso do Monopainel® [4], desenvolvido pelo Grupo Isorecort, o EPS do núcleo é do tipo “F”, com aditivo retardante a chama, e densidade entre 10 e 12kg/m³. Para uso com a função de alvenaria autoportante, a medida padrão é de 1000 x 80 x 3000 mm. As dimensões mudam para 1000 x 50 x 3000 mm, quando empregado na alvenaria para fechamentos de vãos/divisórias e/ou muros. Pode ser fabricado, também, sob projeto, com outras espessuras e alturas.
Em ambas as faces, o _Monopainel® do Grupo Isorecort_ é recoberto com telas metálicas eletrossoldadas tipo Q-61 (CA-60 150 x 150 x 3,4 mm), com distanciadores plásticos tipo DI, que garantem o posicionamento das telas a 10 mm das placas de EPS do núcleo. As telas metálicas são travadas entre si, através da inserção de pontos de amarração, executados com arame galvanizado de 2,7 mm, conferindo rigidez e leveza ao conjunto.
Depois de revestido com 3 cm de argamassa em cada face, o Monopainel® pesa, em média, 120 kg/m², reduzindo as cargas totais da edificação em cerca de 50%, com reflexo direto sobre as estruturas e fundações.
Entre seus benefícios, o conforto térmico proporcionado aos ambientes internos assegura diferença de temperatura de até 30%, comparado à temperatura externa.
CASAS DE EPS NO EXTERIOR
Está em curso um estudo para a construção de casas com painéis monolíticos de EPS na Califórnia (EUA) e em Cabul (Afeganistão).
Envolve vários organismos como a _Federation of American Scientists Washington_ e a _California Energy Commission Sacramento_. O objetivo é demonstrar que essa é uma tecnologia de moradia acessível, segura e com baixo consumo de energia. O estudo procura modelar fluxos de energia, analisar custos de construção, simular forças sísmicas, realizar testes contra condições e riscos ambientais, e construir casas piloto.
No Japão, as 480 casas construídas com EPS na Aldeia de Kyushu, pela Dome House, foi a comprovação da resistência dessa tecnologia. Um terremoto, em abril de 2016, danificou edificações na região de Kumamoto, deixando cerca de 44 mil pessoas desabrigadas. As casas com arquitetura do tipo “iglu” se mantiveram íntegras, sem qualquer patologia. Desde então, as construções com poliestireno expandido cresceram no país.
No Quênia, o sistema de painéis monolíticos de EPS é apresentado por suas qualidades técnicas e redução de até 30% no custo total de construção. A defesa do material feita por empresas privadas conquistou, inclusive, a estatal de habitação do país, a National Housing Corporation (NHC). Outro importante argumento é a capacidade de isolamento térmico do poliestireno expandido que, mesmo em condições climáticas extremas, mantém os ambientes em temperaturas agradáveis.
Entre os condomínios construídos, estão 50 casas em Nairobi e um prédio de cinco pavimentos, com 20 apartamentos, em Ole Kasasi.
Para saber mais sobre o Monopainel® do Grupo Isorecort, acesse o e-book exclusivo [5] do canal Soluções em EPS.